quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Serenidade!
É quando o vento macio toca meus cabelos
E eles voam nas asas douradas do sol
Quando a tarde repousa nas montanhas
Os versos divinos do arrebol
Quando na manhã que me recebe
O canto dos pássaros ecoam dentro de casa
E conduz ao encontro secreto da minha alma
Nas estrelas, pingos de mistério
Quando fazem segredos singelos
Na estrada de poesia do meu coração
Nas águas cristalinas das cachoeiras
No barulho da chuva de madrugada
Na beleza natural de cada ser
Que enfeita a margem dos rios
Pedras, flores, árvores, libélulas
Nas ondas do aceano, na superfície do mar
A profundeza iluminada quando do corpo me esvazio
No silêncio do abraço, pondo-me a renovar
A beleza do caminho, a firmeza do meu caminhar
Serenidade! Eis a magia dos meus dias!
Eis minha fonte de amar!
Com olhos cheios d'agua, de coisas raras
Que abrem as janelas do meu mundo,
Para cada despertar!
Serenidade! Eis a minha dança sem medo de flutuar!
E voar!
E voar!
domingo, 4 de outubro de 2009
Jardim
Há um jardim
E nele sonhos que o vento frio despetalou
Há uma canção
Ela fecha os olhos e sente a leveza dos seus pés
Na melodia que a liberta do chão
O coração se enche de lágrima
E teme não chorar
Mesmo desejando sorrir
Aquele velho sorriso
Aquela doce gargalhada
Tudo o que plantou em seu jardim
Os segredos de uma menina
Os desejos de uma mulher
A nascente natural,
O aroma das flores encantadas
Ela deita sobre a terra e sente o cheiro invadir sua alma
E colorir com amor
Cada pedaçinho dela
A hora da ferida
A saudade repartida
A dor do adeus
De tudo em si que o tempo levou
Ela agora se debruça em seu jardim
E recolhe cada pétala do seu sonho
Espalhado no verde que sobreviveu
Com a ajuda dos querubins
Retoma a esperança do seu coração
Do seu recanto, seu acalanto, sua força de viver
Ergue-se serena
Envolvida pelo brilho da lua
Seduzida pelas asas das borboletas
Com quem aprendeu a voar
Ela volta para si
Reaprendendo a se amar!