quarta-feira, 28 de julho de 2010

Borboleta!

"Não preciso que me digam de que lado nasce o Sol, porque bate lá meu coração!"



Voa no teu canto de mar
Sob as águas que passeiam o teu sonho
no colo sereno do azul celestial
Leve, deito-me e rezo...
para que o amanhã retorne
nos raios de Sol
entre a brisa dos coqueirais!

Um pouco dos meus ais...


Venho através deste notificar minha indignação diante da manipulação da mídia sobre nossas emoções, remetendo-nos a um complexo de ansiedade e confusão, de desespero e ao mesmo tempo de alienação. É notável o quanto a sociedade é vitima das manifestações da mídia que acaba espalhando angústia, dúvidas e até visões de catástrofes mundiais... Mas por que vendem tanto? Por que o ser humano se entrega a desesperança, fantasiando a própria destruição, temendo sempre a possibilidade da morte?
Quando num mundo cada vez entediado a morte também anda presente nas nossas ações como ser humano. Estagnados, amoldados, histéricos, amortecendo a nossa capacidade de buscar soluções, nossas esperanças, nossos sonhos. A radical solidão dos homens de hoje, tão modernos que somos, mostra-nos a nossa fragilidade diante das instituições poderosas que dominam nossas emoções, crenças, e ações sociais.
Sobre o alarme das doenças contagiosas, das catástrofes mundiais, é de se indignar o quanto estamos alienados e preocupados mais com nosso próprio corpo do que com nossa mente e alma. Quantas catástrofes acontecem no dia a dia, e muitas vezes deixam de ser anunciadas nos jornais, quantas crianças morrem de fome e de frio nas ruas das grandes cidades, e nós cegos de tanta solidão, egoísmo e exaustão... Para onde olhamos, o que estamos lendo?
Por que não fazer uma movimentação com todos os meios de comunicação, não para alarmar, assustar, aprisionar, mas buscar soluções, espalhar o espírito de solidariedade, de amor à pátria, ao mundo, às pessoas. Espalhar a esperança, incentivar a capacidade que cada povo possui como força motriz de um mundo melhor, justo. Onde todos possam ter acesso à informação, com dignidade, com clareza e com verdade. Onde as pessoas vivam com tranqüilidade, e lutem e acreditem na mudança social. Onde a utopia seja um instrumento real de ação-reflexão dentro de uma ótica libertadora, implicando perceber a realidade como ela realmente é, e por fim transformá-la como deveria ser, e não tapar o sol com a peneira ou manipular a todos através de sistemas cruéis e desumanos.
Enfim, deixo aqui minha opinião, e reforço que por nossa histeria incurável não vimos a que abismo estamos afundando a nossa própria razão humana. Escravos a vítimas, seguimos os rastros daqueles que dirigem a nossa rotina.
Peço-vos desculpas se falei mais do que desejei, mas não pude conter as palavras que por vezes caladas assombram em ansiedade o meu calejado coração.

Solidão e mel!



O que me consome não me traduz
O que me destrói não são os dias sem luz
O que me amarga não é a ajuda ignorada
Nem tampouco o prazer de um tolo
Ao ver-me grunindo, se lança em gargalhada
O que me dói, não são os espinhos
de uma vida enfarpada em redemoinhos
de coisas que se repetem
frases, gestos, mentiras, 
fatos indigestos, 
que me levam a voar daqui
aonde eu possa ser livre e partir
em solidão e paz!
Não temo a imaginação que me toma
em dias escuros e sombrios
Não temo os dragões que afoguentam em seus ares
os desejos e ideais de uma mulher
que viaja no tempo, outras epocas
buscando além de si
a chave de todos os seus eus e mistérios!
Não me contém nenhuma frase romântica,
cheirando a flores de campo
se em meio a fumaça do dia
vejo que não passas de promessas vazias
não me convém com palavras e enganos
dizendo ser o que não o é em seus planos
quando carente apela um pouco da minha melancolia
O que me destrói não me pertence
O que me consome jamais entenderás
quando o mel que me adoça a boca
já não sabes como encontrar!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Saudade



Eu só queria agora
Deitar sob a luz da aurora
Dormir nos sonhos de outrora
E me ver sendo inteira e tua
Eu só não imaginava ser
Essa distância tão amarga
E nem minha fraqueza enrijecer
A cor do nosso conto de fadas
Eu só não tenho força pra entender
Como contemplar o sol e a lua
Por onde caminhar
Se perdi o endereço da tua rua
Se eu pudesse ouvir do vento
As respostas que preciso
O que fazer das minhas escolhas
Pra que lado eu sigo
Se eu pudesse ler nas estrelas
O porquê disso tudo
De onde vem esse medo
Por que de repente fica tudo escuro
Se eu pudesse agora caminhar no universo
Como há tempos eu fazia
Fechar os olhos e flutuar os meus pés
Compondo as respostas que preciso
Nas asas dos cometas, em poesias
Deleito minha alma na dor saudade
Alimentando-a de tudo o que passou
Grito meu choro e nego à realidade
Numa viagem ao templo de esperanças
Busco tua eterna presença
No amanhã que não chegou!

Falarei...





Das poesias, frases e fases, aquarelas e telas, vindas e idas, descobri a cor do meu viver. Desfiz sonhos em pedaços, outros permaneceram intactos, distraí os meus medos, e desmanchei minhas lágrimas em pétalas de flor! Lutei contra o tempo, briguei com a dor, morri e renasci a cada despedida, a cada fluir de um recomeço, a cada perda, e ao ver as palavras caindo em precipícios, corri entre os campos e as colinas, teci minhas asas, e dei vida ao vôo da minha história. Dos grãos cristalinos da superfície de uma estrela e das luzes de um cometa, criaram-se as asas... Asas do sem-fim, despertando a liberdade e coragem, pra viver os valores plantados no jardim!
Os sonhos guardados renovaram-se com o ar puro vindo das montanhas. Varreu as folhas secas da casinha de madeira, e reacendeu a lareira, esquentando a alma. E o jardim feito de emoções e razões, que sobrevivem, foi colorido de nuances de paz e raios de luz por todos os cantos. Algumas roseiras indispensáveis... Flores amarelas! Pequenos girassóis! Jardim secreto e eterno de outonos e primaveras suaves... Onde o vento ecoa as vozes macias dos pássaros poetas e revelam a essência viva da pureza de um sonho! Tão real, tão natural, tão simples! Dos tesouros da infância que minha alma nunca abandonara, por ela sobreviveu e caminhou até aqui!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Brasil il il il!


Verde-amarelo
Branco e Azul-anil
Eis o illl do páis de todos
de nome Brasil
Eis o illl illl da vaia dos astutos
a quem vive no mundo servil
O verde das matas, e o amarelo do ouro
O azul do céu limpo e a branco da paz eterna  
Isso tudo é blablablá, é conversa
No páis de "todos",
O verde amarelou no escravo rosto do suor-resto 
E o amarelo de Brangança virou verde para o bolso fundo dos espertos!
E a bola na rede, é comida pro grande peixe
Que neutraliza a atenção dos olhares inquietos
Seguem o caminho da jabulani
A gente toda mesmo com fome
Lacrimejam inocente 
De emoção e humildade estendem a voz
Ao grito do Gol fenomenal!!!!!
E a bola da vez que não dá bola
Não dá bola e finge que olha
A criança que morre no semáforo da capital 
Ignoram, nem mesmo se cheiram e gastam a cola
Do sapato de couro do Jornal Nacional
Pintam o Brasil de verde e amarelo
Colore o povo com o pincel da Golbalização
E tudo passa a ser bonito e natural
A nobreza e o seu carnaval!
Viva o Brasil! Viva o País de Todos!
Viva os caras-de-pau!
Tá massa! Tá todo mundo louco!
Verde e amarelo
Branco e Azul-anil
E a nossa dignidade?!?
DESCOLORIU??????