quarta-feira, 21 de abril de 2010

Castelo de pedras!



Num castelo de pedras me reconstruo
De águas profundas que correm o rio do meu canto
Pedras que falam, pensam, choram, sonham
Pedras de todas as dores, cores e tamanhos
A temperança no meu olhar enternecido
Preenche de horizonte o mar que ainda não chegou
Busca no escondido o adormecido
Das pedras que o tempo nunca rachou
Em livros velhos e empoeirados
Poesias de vida, morte e labor
Desfaz o templo de sonhos quebrados
E retorna em luz à poetisa a me compor
De cor invisível revestir-me-ei
Pra que me vejam os olhos como estou
E conquiste sem conceitos o sentimento
Do mundo que em mim, serenamente sou
Não deixarei buracos, nem fendas, nem frestas
Pra que o Sol derrame nas palavras que o dia alcança
Luzes de sabedorias e valor
E exporei com coragem as minhas entranhas,
Mesmo diante de risos falsos e artimanhas
Daqueles que não conseguiram tocar o invisível de si
Não me tornarão também,
Pedaços vazios de mim
Compondo músicas com os vaga-lumes do luar
E com a orquestra de suas luzes, o meu caminho iluminar
Voarei ao som de asas, borboletas, cigarras
Som da terra, som do mato, dessas águas
Deleitar-me-ei e renascerei... Aurora!
Já não me conterás nesse ar de fora, submissão
Nem me acordarás pra esse mundo, desilusão
Viverei e aprenderei com as pedras que juntei
Fortalecendo nelas o segredo de cada sonho regado
Nesse castelo de luz e sombra
De ventanias em palavras vivas,
De pedras d’água que respiram
E suspiram orvalhos de amor!

sábado, 10 de abril de 2010

Liberdade!


Não aperte-me em tuas mãos
Deixe-me ser o meu eu-passarinho e voar
Porém, não me solte de vez não
Deixa eu sentir o calor desse amor e sonhar
Antes de partir e a ti retornar!
Mas eu preciso respirar agora
E pelos mares dessa vida navegar
Sem medo das tempestades lá de fora
Deixe-me solta, e deixa-me ficar
Mas não aperte meu coração
Porque ele pode se machucar!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

"Vendo as pedras que sonham sozinhas no mesmo lugar!"

O mundo está nas mãos daqueles que tem coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos. (Charlie Chaplin


Como pode alguém sonhar o que é impossível saber? 
E como pode alguém saber se é possível realizar se não sonhar? 
E como pode alguém dizer que não sabe o sonho se não arriscar em o saber? E como sonhar com algo que é possível saber, se assim, não seria sonho, e não seria mágico realizar, algo impossível de saber, quando em não sonhar se deixa de viver... Ora! Já não seria realização, se sonhássemos sempre com o que pudéssemos saber!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Estrelas

Brilham tão forte as estrelas
De pedaços de sonhos meus
Pontos de luzes na minha alma
Acendem a luz da minha casa
Refazendo minha fé astral
Cultiva-me serena pela escuridão da noite
Afastando temores e tremores
Passados presente, dores
Coisas que se foram e não voltam mais
Estrelas! Lanço-me no espaço
Guia-me na firmeza dos meus passos
A minha força e meu querer
Coragem de gente que é gente
Que faz por onde: Acontecer!
Estrelas!

domingo, 4 de abril de 2010

Jaz em mim



Já é de manhã
e meu coração desperta em pétalas
ao ser tocado pelo brilho do Sol
Meu olhar percorre nas águas do rio
o caminho desse sonho doce
que transborda a íris do meu ser
de leveza e orvalho de lágrima
Pura
É a esperança com cheiro de jasmim
Flor... renascer de mim,
em versos brandos de amor
Infinito
Cristal de luz
Branco sorriso de paz
perfuma em minha vida, a alma
que germina no meu jardim
a eternidade de um encanto sagrado
Exalando a beleza e a perfeição
Que jaz em mim
Pequena flor, 
Jasmim!