Partir de tudo o que não somos
Deixando tudo o que não é nosso
Partir sem medo de abrir a porta
E simplesmente ir,
Com a coragem na mala de viagem
O peito carregado mas nunca vencido
Sigo a estrela da minha manhã mais ensolarada
Abençoado pelos raios que coloriram meu sonho
Sentados numa pedra solitária na beira do mar
E o pensar e o achar, são apenas o que acham e o que pensam
Mas não são o que somos e o que queremos
Deixaremos o sabor artificial de uma vida mistificada
Porque queremos a virtude original de um sonho sendo respeitado
Acreditado, e porque não admirado?
Buscaremos o que nos cabe, o que nos move,
E o que nos move nos mantém vivo,
Nos mantém humano
Demasiadamente aquilo que amamos ser.
Parece estranho quando um olhar estranho
Vê apenas o que pode ver
E do lugar onde estás julga poder entender
O querer de uma alma com sede
Mesmo sem o juízo do mundo,
Quando lhe julgam absurdos
Eu encontro o abrigo de mim mesma
Sabendo de tudo o que plantei e colhi
Sementes e espinhos
Que me fizeram chorar e sorrir
Mostram que eu aprendi
Do amanha nada saberemos
Podemos seguir um curso perfeito
Programado, onde tudo seja estudado
Qualquer futuro defeito ou erro
Pra que tenhamos apenas a opção de acertar
E assim satisfazer as expectativas que nos cercam
Mesmo quando elas não tem a intenção de nos atropelar
Não importa como...
Mas chegaremos...
Percorrendo do nosso modo,
Se é o certo, se é errado
Ninguém pode prever
Se não arriscar!