domingo, 4 de março de 2012
Desencontro
Vejo o final de tudo
E longe de mim um começo
Não consigo alcançar o barulho do vento
Aquele velho vento molhado da chuva
E o tempo, passa correndo
passa por dentro, arrancando folhas verdes
frutos, sonhos, memórias
Que livro é esse que escrevo agora?
Que dia é hoje?
Aonde deixei a minha história?
Perde-se o medo,
o segredo, perdem-se as palavras entre os dedos
mãos trêmulas, lágrimas presas...
Quem eu fui outrora?
Onde fui eu mesma?
Tem algo obscuro
Eu já tentei, mas não posso advinhar
Achei que podia
Como se já soubesse
Como se conhecesse
Mas não posso...
Será que é meu
Será que tudo isso é nosso?
Quem chegou prmeiro,
Quem estendeu a mão
Quando olhou em meus olhos
Qual dos dois perderam a razão?
Não vejo o recomeço
e todos os dias o fim bate em minha porta
eu arrisco abrir a janela
Mas as paisagens não estão mais lá fora
Foram todos embora...
Quem é você que mora em mim?
Quem é você que em mim ja não mora?
Por que insiste em não respirar?
Por que insiste em dizer?
Palavras...
Apenas palavras...
Jogadas no vento
Perde-se o tempo
desmancha-se o momento...
o eterno do agora...
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