sexta-feira, 22 de junho de 2012


Tem nos olhos um planeta
De mil estrelas, mil moradas
Habitam os ventos e os jardins
Risos e mistérios da minha alma
Tem na voz um poema
Mais leve que uma pena
Essa voz que não se fala
Sopro de uma sabedoria calma
Quase nunca se revela
Quase sempre se cala.
Tem nas mãos os teus segredos
Nessas linhas tão definidas
Caminhante vencendo seus medos
Mãos que curam minhas feridas
E os pés que tanto me confundem
Escolhas, tuas vindas e idas
Guardam o segredo do teu nome
Tens no corpo tuas marcas
Histórias, lugares, razões
Anjos, Corujas, Pássaros
Mares, montes, pipas e dragões
Tens o rosto desse corpo
Tens o corpo dessas mãos
Tens os olhos desses pés
Tens os pés no coração
Quem somos nós? Por que estamos aqui?
Nessa realidade de contradição
Pra quê saber se não é permitido
Desvendar o que não se entende com a razão
Pra quê respostas do desconhecido
Se hoje somos o que não tem explicação.

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