Palavras vagas, móveis velhos e pó.
As nuvens estão sem cor.
Lá fora a chuva cai e não ouço a canção.
Cinzas no cinzeiro, céu de telas.
Não sinto mais os pingos.
Não me vejo em ninguém.
Lugar nenhum é mais seguro que aqui, onde:
Não pergunto.
Não sei querer.
Nem consigo procurar.
O quê?
A solidão... Descobriu-me.
Num mundo de ilusão.
E dele fez morada.
A solidão desse mundo.
Não tem coração.
Não.
Apenas invade e morde.
Não cicatriza, a dor que sangra.
Até nos secar, dissecar tudo o que a gente ama.
Tudo o que não soubemos amar.
O mundo dessa solidão.
Não tem coração.
Não, não!
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