quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Minha vida em 2009!

2009 foi sim o ano mais importante da minha VIDA! 2009 nasceu com sabor de esperança, viveu o prazer da superação e realização, e irá embora deixando o valor eterno de um recomeço inesquecível! 2009 revigorou minha alma com os tons da minha infância, aquela coragem guardada lá no fundo renasceu nas asas amarelas que voaram e se entregaram às oportunidades trazidas nas mãos do vento Sul. Agarrei-as sem medo, com lágrimas nos olhos, com sede de mim!
Aprendi tantas coisas, reaprendi outras, desaprendi muitas, e renovei todas as minhas forças e crenças! Hoje olho para dentro de mim e vejo a esperança revestida de coragem! Posso dizer que apesar da saudade da minha terra, eu encontrei nesses ares a Julianne que pensava haver perdido no meio do caminho. Essa Julianne com sonhos de umA “Quixotesca” ainda vive em mim os mais loucos e belos ideais, em todos os seus gestos e ações! 2009 reacendeu-me à luz da minha vida! MINHA VIDA! E claro, não teria conseguido alcançar tal benção se não fosse o amor de todos que guardo no meu coração! Pessoas que estão longe, mas que só num suspiro de saudade já sinto tão pertinho do meu coração o seu abraço! Pessoas que encontrei aqui, que reencontrei e que ao repetir diferentes vezes a mesma mensagem em que ouvir a vida inteira de almas que cruzei pela vida: não desista, eu acredito em você!; refizeram minha vontade de continuar a ser o que eu sou, e lutar pelos meus sonhos, mas, a principalmente a olhar pra mim, e ser feliz!
A humildade de gente que me sorria com o mais puro sentimento de uma alma. Todo o bem, toda a cor, todo o amor, está aqui dentro pulsando sem parar! Celebrando a vida, o recomeço e a coragem que sobrevive e me ensina a buscar a cada dia um mundo melhor!

“O mundo começa agora! Apenas começamos!”

Que venha 2010!!!!

Paz e Amor a todos!

Enfim, o vôo!




Enfim ela voou!
Voou pelo ar rodopiando mundo a fora
Às novas paisagens que despertaram no seu coração
...Preenchidas de esperança!
Libertando-se do sofrimento de outrora
Ela voou às montanhas da tão sonhada realização
Farfalla Amarela!
Reflexo do Sol, do luar do sertão!
Eis a época do seu mais belo vôo
Sem a pressa de chegar e sem medo de voltar
Ao passado de larva e melancolias...
Hoje sorri serena
Com o brilho de orvalhos que cristalizam suas asas à luz da manhã
Tempo de novas quimeras
De um ideal protegido com amor
Tempo de viver
A felicidade que em ti desabrochou
Reunindo corpo, coração e mente!
Renascimento!
Nos teus olhos castanhos
Nos tons dourados de suas asas
Os desejos e a luta dessa mulher
Os sonhos e a teimosia daquela menina
E o aprendizado fiel de um ser que acredita na essência da alma!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

14-12-2009, Joinville, SC.




Chega uma hora que a gente cansa. Cansa e não quer saber. Cansa e não quer olhar para não mais ver. Não quer tocar para não mais sentir. Não quer mais falar o que nunca chegou a ouvir. Não quer mais chorar o que deixou de sorrir. Chega uma hora que as estrelas tornam-se ilusões de um admirador solitário, e o coração exausto pára de viver o que um dia, com coragem, acreditou!
Esse coração que já viajou os sete mares, já lutou em tempestades, onde o vento frio tantas vezes o despedaçou. Esse coração que transborda amor quando bate, que como rosa se abre a todos que no seu caminho já encontrou. Que voa leve feito pluma, dançando música, fazendo do sonho uma obra pura de arte, que enaltece os olhos de quem o vê, de quem o acredita, e com os olhos da alma fita a sua verdadeira face.
Esse coração que se entrega sem medo de fazerem dele como aqueles velhos brinquedos que já não “servem” mais... Esse coração que acredita na força do amor, e nada pede em troca, que se sorri ou se chora, suspira a paz pelo simples dom de se doar a alguém. Um coração que vibra ao sentir o som das asas de borboletas entre as flores, que respira a manhã que chega com o canto dos bem-te-vis, descobrindo no eterno sabor de cada segundo, pulsar a razão do existir.
Esse coração que pula feito menino, corre, grita, canta, perde o tino, ao calor das mais suaves e profundas emoções, abraça outros corações e percorre o infinito, como um cometa, desenhando no imenso universo o som de um belo sorriso amigo.
Esse coração que está cansado... Tem medo de ficar congelado no tempo desse mundo apressado, que futiliza todos os nossos gestos, palavras, sentidos. Esse coração exausto já quase não alcança os próprios passos rumo à felicidade de ser.
Chega uma hora que se cansa de ver a esperança esvair em versos de dor. Chega o momento que tudo o que queremos é ser sentido e amado, ser acolhido pelos braços de alguém que também acredita no ser, que vive aquilo que faz, que sente aquilo que diz, sem ser aparentemente um a mais... Mas que seja um a menos, em meio a multidão de coisas superficiais.
Sentada no banco da praça, no centro da cidade, em meio ao barulho dos automóveis, dos calçados que se desgastam na pressa, nos passos pesados que os levam aos destinos onde já não são... Eu ainda ouço o som dos pássaros, o vento nas árvores, e o pulsar de corações nas diferentes expressões que o tempo do mundo esculpiu. E de repente, meu coração avista uma criança com seu balão a brincar. Segura-o com amor e cuidado, para ele não fugir... Porém, distraída, olhando as pombinhas do chão, corre feliz entre elas, e escapole dos seus dedos o seu colorido balão. Quando se dá conta, num gesto singelo, a criança põe-se a sorrir, diz adeus ao seu balão colorido e o acompanha com os olhos cheios de brilho, ele voar rumo ao céu azul.
Coração meu, então, suspira, e de repente nos meus olhos também brilha aquela esperança fiel de menina. Que acredita no mundo colorido, onde todos possam ser o que são, onde a gente saiba estender a mão, sem envaidecer o nosso coração.
A hora do cansaço vai passando, e eu vou me alimentando de tudo o que meus olhos ainda conseguem sentir...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Pensamento

Se eu deixar de dizer o que eu penso
Sendo que o que eu penso eu sinto
E o que eu sinto é a minha vida,
Então...
Arranquem de mim o coração
E o plantem numa terra seca
Para que ele não sinta a dor
De ver morrer as flores do meu pensamento
Se me tiras esse direito
tornar-me-ei semente empalhada
pedra ou cascalho
no caminho vazio de uma estrada...