terça-feira, 29 de junho de 2010
Ausência
Falta o ar, o chão, o alcançe das mãos
Faltam os gestos, os toques, o som do coração
Saltam os olhos, e as lágrimas suplicam ao tempo
Procurando abrigo, afago, alento
Falta a sensação, o calor e o brilho do sol
O sorriso amarelo descolorido no rosto
Estremece ao sal do corrégo que escorre na pele
E faz doer o passar das horas
Rasgando o peito e as lembranças
Espinhos de rosas perfumadas pela saudade
De quando o sonho vivo em minha carne
Corria o sangue pulsando a vida do meu maior desejo
Faltam as palavras, a liberdade, o correr livre
Dos passos que desenham no caminho
Danças da alma, doces linguagens corporais
Faltam-me as asas, o azul preenchido com o amor dos olhos seus
O caminho da praia e a vista do horizonte
Falta o batuque, a coragem, a garra
As histórias do mar, as melodias e marcas de um povo meu
Falta-me a gente que sente, geme, chora e sorri com a mão estendida
No interior idealiza...
Com ares de festas e agradecimento
A simplicidade de crer no amanhã da vida!
Falta-me a cor viva dos meus olhos
Quando já não vêem mais as paisagens do coração
As janelas se fecham e a respiração renega
O ar estranho que agora me envolve
O nó contorce a esperança de regressar
Amarga o sabor do destino, perco o tino
Ah! E quando dar vontade de fugir, correr, sumir, soltar a voz e voarr
Ainda que falte a mim num lugar que não sou eu,
Tento ultrapassar o paralelo da ausência
Buscando no abraço sincero de uma alma-amiga
Reviver aquela que mesmo distante sobrevive em sua essência
No recanto de sua memória em cantos de luz e poesia
Cultiva sonhos de outrora desafiando a distância e a melancolia!
terça-feira, 15 de junho de 2010
Faíscas!
Já não tenho endereço certo
Nem sei onde mora a minha casa
Vivo pelo mundo a procurar
O outro pedaço da minha asa
Andarilha sem destino
Meu rumo está em cada olhar
Nos disparos de esperança sem brilho
Nos pontos de ônibus, nas calçadas
Viadutos, bancos de praças
Coberto pelas notícias dessa pátria sem lar
Afago o rosto da solidão
E recebo dela compaixão e verdade
Desenho na parede do meu sono
Sonhos coloridos de solidariedade
Contemplo o semblante da tristeza
E ela ensina-me a contradição
De enxergar através do escuro
A chama da utopia, faíscas da revolução!
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Cicatrizes!
Já não posso dizer as mesmas coisas
Que dantes foram ditas
Perante a íris do teu olhar
Quando num instante estive livre
De tudo o que não vivi inteiramente...
Há em mim pedaços de histórias
Versos que rasgam a memória
Em flashes de tristeza e dor
E qualquer palavra que de mim ouça
É pra ecoar no mundo lá fora
É pra defender os meus ideais
É pra chorar a minha ferida
E bater minhas asas até as montanhas
Onde eu possa derramar os meus ais
E não querer voltar nunca mais
Não derrame lágrimas nem me olhe assim,
Toda vez que eu senti vontade de partir,
Apenas, deixa-me ir!
Selena!
"A minha casa é a lua cheia, há muito tempo eu moro lá...
Meu corpo é desse mundo aqui, mas meu espírito é do luar!"
Eterna luz a me embalar
Nas asas de vaga-lumes
Poetas do luar
Grãos de estrelas que se misturam
Não param de dançar
Colore a paz na terra,
E vive solene a encantar
O coração de violeiros da rua
Que compõem novos sonhos com a lua
e espalha-os nas águas do mar!
Clara!
Leve meu corpo flutua
E já posso sentir e tocar
A pele da minha alma nua
Transparecendo paisagens
oriundas do lado de lá...
Mágica!
Deusa conduz meu espírito
nesse universo sem fim
Nos jardins secretos do meu coração
Vou descobrindo o eterno de mim!
sábado, 5 de junho de 2010
Nas asas macias do vento!
Atravesso o escuro da noite
Num raio de luz de luar,
Desafio a distância e o tempo
E nas asas macias do vento
Alcanço a eternidade
Que há dentro do teu olhar!
Não vejo a hora de me libertar em teu abraço
E sentir a vida fortalecer nossos laços
Num beijo que tanto sonho sentir
Num toque puro do teu amor em mim
Que saudade dos nossos olhos a contemplar
O cheiro das flores, o horizonte, o canto do mar
O brilho do Sol refletindo nossas almas
Num pedaço de azul do céu que vem abençoar!
Amor, meu caminho é ao teu lado
Já não posso viver tão longe assim
É a certeza que me mantém firme em meus passos
De em breve estar pra sempre, junto a ti!
Eterno presente, do universo a nos permitir
Viver a alegria de um verdadeiro amor
Eternamente grata por te descobrir
E te levar na luz dos olhos meus,
Aonde meu coração for!
Num raio de luz de luar,
Desafio a distância e o tempo
E nas asas macias do vento
Alcanço a eternidade
Que há dentro do teu olhar!
Não vejo a hora de me libertar em teu abraço
E sentir a vida fortalecer nossos laços
Num beijo que tanto sonho sentir
Num toque puro do teu amor em mim
Que saudade dos nossos olhos a contemplar
O cheiro das flores, o horizonte, o canto do mar
O brilho do Sol refletindo nossas almas
Num pedaço de azul do céu que vem abençoar!
Amor, meu caminho é ao teu lado
Já não posso viver tão longe assim
É a certeza que me mantém firme em meus passos
De em breve estar pra sempre, junto a ti!
Eterno presente, do universo a nos permitir
Viver a alegria de um verdadeiro amor
Eternamente grata por te descobrir
E te levar na luz dos olhos meus,
Aonde meu coração for!
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