quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Minha vida em 2009!
Enfim, o vôo!
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
14-12-2009, Joinville, SC.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Pensamento
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Superfície
Nem me mostre o que não quer viver
Não me ensine o que eu não vou ser
Não me projete, eu não sou você
Não afirme o que eu não sei negar
Não sei olhar sem me aprofundar
Não me abrace só na hora de ir
Não me pergunte o dia, se ele foi ruim
Quando me diz o que eu não quero ouvir
Não negue o que não vai notar
Não finja o que não quer sentir
Não me cale quando eu for falar
Não me peça o que eu não quero ter
Não me julgue o que eu não sou
Não me deixe partir sem saber!
Não vim pra navegar nas águas da superfície
Mergulho sem medo nesse mar de viver
Na sorte de um amor tranqüilo
Quero voar livre todos os dias e renascer!
domingo, 15 de novembro de 2009
Meu mundo e esse mundo!
sábado, 14 de novembro de 2009
O livro!
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Serenidade!
É quando o vento macio toca meus cabelos
E eles voam nas asas douradas do sol
Quando a tarde repousa nas montanhas
Os versos divinos do arrebol
Quando na manhã que me recebe
O canto dos pássaros ecoam dentro de casa
E conduz ao encontro secreto da minha alma
Nas estrelas, pingos de mistério
Quando fazem segredos singelos
Na estrada de poesia do meu coração
Nas águas cristalinas das cachoeiras
No barulho da chuva de madrugada
Na beleza natural de cada ser
Que enfeita a margem dos rios
Pedras, flores, árvores, libélulas
Nas ondas do aceano, na superfície do mar
A profundeza iluminada quando do corpo me esvazio
No silêncio do abraço, pondo-me a renovar
A beleza do caminho, a firmeza do meu caminhar
Serenidade! Eis a magia dos meus dias!
Eis minha fonte de amar!
Com olhos cheios d'agua, de coisas raras
Que abrem as janelas do meu mundo,
Para cada despertar!
Serenidade! Eis a minha dança sem medo de flutuar!
E voar!
E voar!
domingo, 4 de outubro de 2009
Jardim
Há um jardim
E nele sonhos que o vento frio despetalou
Há uma canção
Ela fecha os olhos e sente a leveza dos seus pés
Na melodia que a liberta do chão
O coração se enche de lágrima
E teme não chorar
Mesmo desejando sorrir
Aquele velho sorriso
Aquela doce gargalhada
Tudo o que plantou em seu jardim
Os segredos de uma menina
Os desejos de uma mulher
A nascente natural,
O aroma das flores encantadas
Ela deita sobre a terra e sente o cheiro invadir sua alma
E colorir com amor
Cada pedaçinho dela
A hora da ferida
A saudade repartida
A dor do adeus
De tudo em si que o tempo levou
Ela agora se debruça em seu jardim
E recolhe cada pétala do seu sonho
Espalhado no verde que sobreviveu
Com a ajuda dos querubins
Retoma a esperança do seu coração
Do seu recanto, seu acalanto, sua força de viver
Ergue-se serena
Envolvida pelo brilho da lua
Seduzida pelas asas das borboletas
Com quem aprendeu a voar
Ela volta para si
Reaprendendo a se amar!
domingo, 20 de setembro de 2009
domingo, 13 de setembro de 2009
Não é Fácil
Terminar uma história não é fácil
Não é fácil dizer adeus e pensar que esse adeus pode ser pra sempre
Não é fácil abandonar um sonho, uma semente
Não é fácil desaprender os gestos, as caras e bocas,
Calar as mais sinceras palavras
E não continuar a escrever o desejo do coração
E a história vai chegando ao fim
Não é fácil secar as flores
Não é fácil fingir um não
Não é fácil fechar o livro na metade
Não é fácil escutar a razão
Pra um coração que guarda infinitas esperanças
Um coração que vive e sonha
Acreditando na pureza, na grandeza do sentimento mais simples
Nas conquistas eternas
Nos dias claros e nos dias escuros
Nas noites frias e nas noites quentes
Um coração que vê vida em tudo
Um coração que desafia o mundo
E não tem medo de perder
Mesmo sabendo que não vai ganhar
Não é fácil arriscar o ultimo suspiro
Não é fácil encarar o mesmo sorriso
E não vê o que se via
E não sentir a mesma fantasia
Lembrar de preenchidos dias
E não continuar a escrever
Por que a história chega ao seu fim
Quando nosso coração cansa de lutar sozinhoOs sonhos vão esvaindo em solidão
Mesmo que não seja fácil
Não voltar atrás
Dizer nunca mais
Olhar no teu olhar e me ver indo embora
Deixarei o meu coração
Nos lugares que mesmo sem querer
Sempre me encontrarás
Assim como eu encontro você!sábado, 29 de agosto de 2009
Caminho...
Caminho no sereno da noite
Procurando respostas que nunca encontrei
Os sonhos que ainda não vivi
As lembranças que não guardei
As folhas das árvores e o vento
Companheiros de cartas e sentimentos
Eternos do meu coração
O que faço aqui
Porque quando olho não te vejo?
Como decifrar nesse silêncio
O teu rosto em segredo?
Como poderei te sentir?
Mostra o que há de profundo
Mesmo que seja passageiro
Faça mover o mundo
Toca meu coração lá bem fundo
Sente as maravilhas desse luar
Ou assim como veio, desapareça
Nessa estrada em que me cabe
Já não posso mais te reinventar
Nem deixar que de mim, eu esqueça.
sábado, 15 de agosto de 2009
O Lar dos Ventos - 2000
A missão havia sido terminada
O canto do vento ecoava pela casa vazia
Tão misteriosa que sua essência seca
Era capaz de rasgar as lembranças mais distantes
Mesmo a mais feliz!
Ali haviam sonhos de corações partidos
Alucinações e espelhos quebrados
E um som áspero de um lar que não era mais colorido:
O Lar dos Ventos!
Tempo de menina
Sinto o cheiro da minha terra
Quando fecho os olhos a sonhar
Lembro daquele jeitinho que há nela
Lugar algum, igual não há
As cantigas do meu tempo de menina
Da fogueira sob o luar
A pureza dos severinos e severinas
Batendo palmas a dançar
As Donas Marias e os seus Josés
A cocada alegre de Dona Dina
O juju fresquinho da Colina
E na casinha de Dona Tonha
O cheirinho carinhoso de seu café
A casinha de camponesa
Onde vestia a saia branca e ia pescar
Colhia as flores na beira da represa
Pro meu cabelo despenteado enfeitar
E montada no cavalo branco
Brincava de heroína pelas serras e montanhas
Como o Dom quixote e o seu fiel Sancho
Vencia os vilões entre os gigantes pés de manga
A brisa do mar nos coqueirais
O colar de conchas que fazia
Tudo era do tamanho da paz
Mal nenhum, existir poderia
Bruxas e fadas sorriam para ela
À camponesa, à heroína, à sereia do mar
Um mundo de sonhos e aquarelas
Iluminavam a menina, que cedo aprendeu a voar!
Palco - 2005
Encontro confissões desiguais
De sensações que eu não quero sentir
E nesse emaranhado de pensamentos
Faço força para esquecer o que eu não já não tenho
E desse mundo insensato fugir
Sem volta ou recomeço
De tanto lembrar eu me esqueço
E viro o que quiser de mim
Qualquer ilusão real
Que troca de papel nesse palco sem fim!
Pra me surpreender!
Mergulho no teu olhar interior
Quando distraído olhas para mim
Eu ouço o som da tua voz
Mesmo quando nada diz
Desejando a tua entrega
Debruço minha saudade na janela
E espero o sol chegar com você
Pra me surpreender
Eu me perco buscando
O teu caminhar sobre nós dois
A tua procura pelo nosso encontro
E nos olhos do horizonte
Ver-me refletida na inocência sincera dos teus sonhos!
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Infinito Olhar!
Só meu olhar pra te convencer
Do infinito dos olhos meus
Quando se vêem em você
Só dentro dos meus olhos pra entender
Que nossos encontros e encantos
Não se findam ao entardecer
Seus olhos passeiam e os meus
Seguem sem medo as estrelas nos olhos teus
O universo que transcende a alma
Quando dentro dos teus olhos
Os meus olhos tocam os teus
A magia que enlouquece e acalma
Quando dentro dos meus olhos
Os teus olhos entregam-se aos meus
E num único olhar poder sentir
O horizonte de dois olhares
Que se beijam no sem-fim!
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Quem sou eu pra você? Quem é você para mim?
Desenhos do destino, traduções infindas,
Nas cores singelas, nas idas e vindas,
O mesmo Sol, a mesma Lua,
Tão real quanto o acordar de uma pequena flor,
Tão irreal quanto um sonho de amor...
Mas simples,... cordial e sincero.
Por mais que intradutível entendo a tua lingua
E em teus olhos vejo amanhecer meus dias
E quando a noite vem, a lua vem clarear nossas almas
Nos levando ao sonho que pensamos ser verdade.
E lançamos nossos corações entre as estrelas,
E eles voam como vaga-lumes a dançar,
A música serena do universo, dos sonhos que se reconhecem num único olhar,
E vamos flutuando,... formando vapores de amor
Diluimos nosso ser em pequenas moleculas risonhas
E quando juntamos nossas palavras escrevemos o romance dos deuses.
Numa forma crua de amar
A nossa necessidade de estar e ser o que queremos e acreditamos.
O que acreditamos e sabemos encontrar!
E nos encontramos onde sabemos que podemos existir.
Dentro de nós. Em ti e Em mim.
Em mim e em ti!
Julianne Melo & Lucas Santana (Os Poetas das estrelas!)
sábado, 27 de junho de 2009
Utopia
Leve-me aonde eu possa ser e estar
Em parte alguma,
Em todo lugar
Move-me!
Nas asas luzidas de idealismo
No trilhar do caminho desconhecido
Na realização dos meus ideais
Protege-me das algemas
Do veneno das falsas ideologias
Nas teias do Sistema
E concede-me a paz
De não temer a luta
De suportar a angustia
Das injustiças, e desigualdades sociais.
Leve-me!
Com as luzes da esperança que brilham
Em cada rosto esquecido
Nas sabedorias eternizadas
Pelos nossos ancestrais
Sigo o sonho do louco de juízo
Aquele que olha para o mundo
De dentro pra fora
Acreditando na realização do “impossível!”
No altruísmo dos jovens quixotes
Na força iluminada do amor!
Em parte alguma,
Em todo lugar
Move-me aonde eu for!
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Sonho e Sentimento
Os vaga-lumes brincam ao luar
E a noite caminha leve entre as folhas das árvores
Os versos escorrem pelos dedos
O tempo pára e leva o medo...
O vento brando vem com a neblina de paz
E as mãos se abraçam no fundo do silêncio
Fecho os olhos e já não há pensamentos
Sonho e Sentimento,
Entregam-se ao sereno
E o sublime acontece!
Breve e Denso!
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Poema sem fala!
Esta que sinto em não dizer
Calo-me, o silêncio explica
Esse olhar, esse querer
Mágico e profundo, hipnotiza
Tal palavra
Move o chão e alucina
Poema sem fala
Se murmura se clama
Transborda a alma
Troca tudo e se desmancha
Sem começo, meio e fim
Se desfaz em chamas
No universo de mim!
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Inspiração!
sábado, 16 de maio de 2009
Agosto de 2001
Como os 15, naqueles dia de tempestade
Onde as lágrimas acompanhavam os pingos da chuva
Que vinham do céu e escorriam pela janela da alma
Hoje tudo é tão real
Nada voltou ao normal
E as lembranças perseguem o tempo
Nos dias cheios de coisas vazias, assim como eu
O que contarei do amor?
Lembro dos meus olhos que brilhavam poesia
Em paisagens que não existiam
Lembro das flores que cuidava
Dos pássaros que cantavam
No lar que não havia
Descolorido, o lar dos ventos e precipícios
Quem eu era?
Como eu seria?
18 anos!
Apenas um dia...
Como os 15, onde eu via as rosas desabrocharem dentro de mim
E secarem no jardim lá de fora!
As asas da borboleta
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Dança da alma
O som das folhas nas árvores ao vento
Desperta as doces recordações
Dos sagrados momentos
E elas fazem-nas companhia
No fluir de suas intensas poesias
Uma lágrima de paz
Quando seus olhos fecham-se no silêncio que faz...
A alma dança no tempo
E ela vislumbra-se com o luar
Que a natureza estréia
E a noite vem iluminar
Ela acredita no desconhecido e no amor
Nos olhares da vida
Na riqueza daquele galhinho
Que a formiga carrega como valor
A luz da lua adentra sutilmente
Rompendo a escuridão dos pensamentos vazios
E vai abençoando os caminhos desse viver
Bosques e montanhas, cidades e jardins
De infinitos encontros e reencontros
Que nunca, nunca terão fim...
E se pergunta a Deus,
Ele aponta o coração
E pede apenas, a viver espontaneamente
Porque não há,
Não há explicação!
Esperança sem fim!
A calmaria da esperança em águas puras
Que suavizava minhas lágrimas no vazio do tempo
Quando a palavra segura não foi dita
Quando a flor não foi tocada
Quando a verdade não foi vivida
Seguiram fortes na coragem generosa de doar-se
De contemplar o brilho que vem de dentro
De encontrar o que procurava sem medida
De viver o que acreditava sem esperar
De entregar o coração inteiro
Cultivando a mais linda sinfonia
Em que a asa do silêncio trazia
Num abraço apertado de poesia
E agora minha alma muda de casa
Mas minha casa não muda de alma
E o jardim continuo a cuidar
Como um pedaço essencial de mim
Cuido para quando o sol de novo chegar
Receba-o feliz e tão puro e tão sincero assim
E ilumine esses olhos que nunca deixou de amar
Olhos de esperança sem fim!
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Pai...
Lembro-me daquele dia como se fosse ontem. Caminhávamos na areia macia da praia de mãos dadas, e quando olhava para o teu rosto via o céu azul lá em cima...
No mar as ondas iam e voltavam, cada uma de um jeito diferente, e eu observava e falava... Ah como eu falava! Tu nada dizias, nem sei se escutava! Ia brincando nos meus passos leves, sorrindo com a brisa, cantando cantigas de menina, eu caminhava ao teu lado! Segura nos meus passos e sentindo a vida intensamente dentro de mim, naquela tarde mágica de sol... Será que me escutavas? No que pensavas? E nos teus passos tensos, pesados, cabeça baixa, olhar exausto, vi o teu medo da vida me cutucar... Mas eu respirava fundo e apertava forte a tua mão... Estava segura! Confiava em você!
(Pai! Você está vendo o que tem do outro lado? O que será? O que consegue ver?).
É Pai do outro lado do infinito! É tão lindo... Consigo imaginar, o que tem lá... Fadas brincando com as borboletas, crianças correndo entre as flores... Consegue ver!? Calado, áspero, nada via, o que veria com os olhos fechados!?
Continuei, seguindo a linha aonde o mar derramava os segredos da vida. E quando sentia saudade, eu olhava para cima e via o reflexo da tua face no azul do céu e a lembrança viva de quando olhamos juntos na mesma direção!
sábado, 2 de maio de 2009
Ser!
Ser alguém ou ninguém,
Ser!
O cheiro de camomila
O jeito de lavar os cabelos
Ser pouco ou muito
Nada ou tudo
Ser!
Ser irreal, utópica e natural!
Deixa-me ser de vento, pensamento mudo que passa e não deixa sinal!
Vendaval!
Deixa-me ser de fogo
Deixa-me queimar, aquecer
Esse puro sentimento, inquieto, intenso, fugaz!
Deixa-me ser!
Ser de pena, leve e solta
Sem máscaras e sem roupa
Asa sem documento
O som de um antigo instrumento!
Deixa-me andar descalça sentir a terra, meditar
Deixa-me soltar os braços, caminhar na brisa, voar
Deixa-me ser mar fundo, lago raso e brando, rio breve e profundo!
Deixa-me acreditar!
Deixa-me ser a minha solidão
O vazio que me entende
A poesia que me procura
A escuridão que acolhe a luz e me reacende!
Auto-conhecimento
Um sei lá do quê
Algo sem definição
Sem fundamento
Sem razão!
Mas deixa-me Ser!
Qualquer coisa de momento
Nas multidões do meu ser!
Qualquer coisa
Toda coisa
Mas nada em vão
Ser aquela coisa toda,
Que vem lá do coração!
E tudo o que tenho sido então
Livre emoção!
Não julgue, nem me desvende
Não me machuque, nem tente!
Posso ser fria e posso ser quente!
Deduções e argumentos,
Caras e bocas, não tente!
Posso ser fria e posso ser quente!
Simples como o acordar de uma flor!
Complexa como uma carta de amor!
Que conversa com as estrelas
E preenche a noite de cantigas
Que aprende com a grandeza
de uma pequena formiga!
Cigana e dança!
Ama e canta!
Chora e clama!
A Menina dos olhos de lua
Inocente e profana!
Que se encanta com a alegria do palhaço de rua!
Cigana e ama,
Dança e clama,
Chora e canta!
A mulher da alma nua
Que coloriu um grande sonho!
E bebe água de chuva!
Que gosta de vestidos longos,
E dança sem música!
Que tenta sobreviver.
E que sobrevive,
Livre,
Porque vive,
Ser!
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Bem te vi!
Bem vindo, vem voando e sorrindo
Em versos de cantos e encantos que tanto amo
Que felicidade ouvir!
Bem te vi! Bem te vi!
Bem divino vou ouvindo
Bate a saudade e não tem fim!
Ninho de amor fizeste dentro de mim!
E de longe ouço a tão suave mágica melodia
Poeta pássaro sonhador
Leva teus sonhos nas asas e a alegria
Para esse mundo tão sofredor
Voa longe! Bem te vi! Voa longe!
Que distante, nem tão distante
Meu coração tão feliz sorri!
Ao ver-te iluminado por esse dom
Que Deus abençoou em ti!
Mundo de ninguém!
Ninguém sorriu
Como aquele menino sorria
Ninguém reparou no que aquele menino queria
Ninguém olhou pra onde os olhos do menino olhavam
Ninguém perguntou porque menino chorava
Ninguém se machucou quando o menino caiu
Ninguém notou onde o menino dormiu
Ninguém acordou e o menino sumiu!
Até que houve um dia,
Em que "alguém"...
Sorriu...
Olhou...
Chorou e se machucou.
E logo depois sumiu.
Todo mundo olhou...
Mas ninguém também viu!
Em Conformidade!
Reencontro!
Os sonhos se beijam
E num eclipse de afinidades iluminam duas vidas
Dentro de um universo mágico
Desejado por duas almas afetivas
Encontram-se e acrescentam-se
Olhares se mostram e se revelam
Nos gestos, toques, melodias
Até se reconhecerem nos mesmos sonhos
E mais uma vez
Aquela mesma sensação
Redescobrindo o viver
Revivendo o descobrir
O despertar de fantasias adormecidas
O reencontro!
Vieste!
Fizeste...
As asas de seda pra voar
Com o som das estrelas e a serenidade da lua
Trouxeste...
Abraços macios e beijos doces
Encantos e acalantos, veio iluminar...
Vieste...
Sem rumo, sem truques, sem nada esperar
Com a alma e a coragem
Pronto pra me amar
Seja num passo de dança,
No encontro das mãos
Seja no nascer profundo de um eterno olhar!
Cartas
Escrevo cartas ao amor
Palavras com cheiro de flor
Coloridas com a dor
De lembranças não vividas
No coração de quem amou
Em doces fantasias enlouquecidas
Escrevo cartas à paixão
Vislumbrada ilusão
Perigosa invenção
Cujo fim é a solidão
Escrevo cartas aos sonhos
Vestidos bordados
De desejos infinitos
Panos manchados
Desenhos esquisitos
Saudade em pedaços
De momentos esquecidos
Escrevo cartas à felicidade
Uma ave solta livre pelo ar
Peço ao vento com bondade
Que possa lhe entregar
O meu sorriso sincero
E a coragem de lhe buscar
Escrevo cartas ao vento
Que sem pedir licença ou consentimento
Invade minha alma pequena
Trazendo de volta sentimentos
De uma época tão serena
E as flores secas do outono
Abrem a página do meu passado
Revelando de novo as primaveras
Dos anos rebeldes e dourados
Escrevo cartas ao tempo
Que às vezes parece-me tão mal
Levando as últimas lembranças
Desfaz nos meus cabelos as tranças
Desmanchando os mistérios da minha infância
Mas depois subitamente
Devolve-me sem mais as esperanças
E minhas mãos paradas nem sempre alcançam
Escrevo cartas a morte
Pedindo que ela me toque
Com sua luz eterna
Não me escuta, finge-se de surda
E simplesmente desaparece, morre
Mas quando vem inesperada
Em sensações descontroladas
Desesperada eu lhe peço
Para não me levar
De joelhos no chão
Coloco a mão no coração
E me ponho a rezar
Escrevo cartas aos pensamentos
Esses retratos de sentimentos
Controladores inconscientes
Mais velozes que o tempo
Ora apagam-se lentamente
Ora acendem-se de repente
Escrevo cartas à lua
A mulher de fases iluminada
A criança serena e nua
A fada que respira mágica
A menina que canta o amor pelas ruas
Escrevo cartas ao suicida
Na confusão interna dos meus gritos
Quando ouço dele as despedidas
Quando vejo a cor do vazio
Parado, ele fixa
O seu olhar na minha dor
E rir quando meus olhos choram
E chora quando meus olhos riem
Escrevo cartas ao poeta
Poesias tão concretas
Na realidade onde estou
Poesias abstratas
No meu mundo sonhador
Poeta empalhado
Pelo sopro de um poema sem amor
Poeta tão cansado
De ser o seu único admirador!
Escrevo cartas para alguém
Não sei a quem
Nem sei se terão fim
Só sei que essas cartas
Sempre voltam para mim!
Intensidade
No fluir de poesias sem palavras
Nos balés da alma
Ela existe!
Silenciosa! Apaixonada!
Misteriosa, Amada!
Ela vive!
Quimeras! Sonhos! Segredos!
Brinca com o vento
Nas asas que levam ao desconhecido,
Aos caminhos infinitos de si mesmo!
Buscando a verdade
Escondida no âmago das coisas
Do outro lado
O de dentro pra fora
Ela vai desvendando
Que nada é por acaso
E com boas vindas recebe a aurora!
Presentes pra Deusa Lua! A poetisa da solidão das ruas!
Quanta coisa nela há que também é coisa tua!?
Saudades não vividas, as famosas coincidências e fases da vida...
Mistérios vêm da voz noite
Traduzindo sensações antigas...
Pedaços de outras vidas!
E ao contemplar os olhos da morte
Ela descobre a Deusa Eternidade!
A força abstrata do amor supremo! Divino!
E o que se pode dizer
Aos olhos do horizonte?
Dos Caminhos que lhe conduzem
E não há como se perder
Os momentos em que se entrega
Mesmo sem entender o por quê...
É Intensidade!!!
E Sempre... Há de ser!!!